Entrevistas

Diabetes Tipo 2: Um inimigo silencioso – Entrevista com a endocrinologista Dra. Janaína Koenen

Diabetes Tipo 2 é uma das doenças crônicas que mais avança entre a população mundial e corresponde a cerca de 90% dos casos.

É uma doença silenciosa, extremamente perigosa e muitas pessoas não sabem que sofrem desse mal.

Você sabia que o Diabetes Tipo 2 está diretamente relacionado a hábitos alimentares e estilo de vida?

Para nos trazer informações valiosas sobre esse assunto, convidei a Dra. Janaína Koenen para uma entrevista exclusiva.

Dra. Janaína Koenen é médica endocrinologista, especializada no tratamento de diabetes, obesidade e síndrome metabólica e estudiosa da Medicina Baseada em Evidências – MBE.

Confira o que te espera nesta entrevista:

VOCÊ SABE O QUE É DIABETES TIPO 2? VAMOS CONHECER UM POUCO MAIS SOBRE ESSA DOENÇA?

1. Quais são os principais tipos de Diabetes?
2. O que causa Diabetes Tipo 2?
3. Diabetes Tipo 2 é uma doença hereditária ou é uma doença nutricional construída gradativamente a partir de um estilo de vida?
4. Diabetes Tipo 2 é uma doença silenciosa e muitas pessoas não sabem que sofrem desse mal. Quais são os sintomas da doença?
5. Qual exame é mais importante para diagnóstico do Diabetes tipo 2: glicemia em jejum ou dosagem de insulina?
6. O Diabetes Tipo 2 é uma doença perigosa? Quais são as principais complicações a ela associadas?

O QUE ESTAMOS FAZENDO DE ERRADO?

7. O Diabetes é uma das doenças crônicas que mais avança entre a população mundial. Ela pode ser considerada uma epidemia?
8. Há poucos anos, os casos de Diabetes na infância e na adolescência eram raros. Entretanto, hoje em dia são mais comuns. O que mudou?

DIABETES TIPO 2 E SUAS RELAÇÕES AMOROSAS

9. Qual a relação entre:
9.1. Resistência à insulina X Diabetes.
9.2. Síndrome metabólica X Diabetes.
9.3. Obesidade abdominal X Diabetes.
9.4. Doenças cardiovasculares X Diabetes.

DIABETES TIPO 2 TEM CURA?

10. Quando há diagnóstico da doença, grande parte dos profissionais da saúde dá a triste notícia a seus pacientes de que o Diabetes Tipo 2 não tem cura e que eles estão condenados a tomar remédios para o resto da vida. Essa afirmação é verdadeira? Há como controlar, reverter ou curar o Diabetes?
11. Tratamento convencional prescrito para o Diabetes Tipo 2: dieta hipocalórica, exercícios físicos e medicamentos. Isso realmente funciona?
12. Há como tratar o Diabetes Tipo 2 sem uso de medicamentos, adotando apenas uma estratégia nutricional?

MITOS E VERDADES SOBRE DIABETES TIPO 2

13. Açúcar ou gordura: qual o grande vilão do Diabetes Tipo 2?
14. É mito ou verdade que a gordura saturada aumenta a resistência à ação da insulina, representando um fator de risco para o Diabetes Tipo 2?
15. Dieta rica em proteína animal: vilã ou aliada na prevenção do Diabetes Tipo 2?
16. O jejum intermitente é uma boa estratégia no tratamento do Diabetes Tipo 2? Isso não seria um contrassenso, já que o tratamento convencional recomenda evitar longos períodos em jejum como forma de prevenção da doença?
17. É mito ou verdade que remédios para baixar a glicemia não impedem a evolução do Diabetes Tipo 2 e podem, inclusive, mascarar os sintomas da doença?
18. A estratégia alimentar Low Carb, Healthy Fat poderia ser considerada a dieta ideal para o tratamento do Diabetes tipo 2? Existem estudos científicos de qualidade que comprovam tal afirmação?

Instagram: @janainaendocrino

VOCÊ SABE O QUE É DIABETES TIPO 2? VAMOS CONHECER UM POUCO MAIS SOBRE ESSA DOENÇA?

1. QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS TIPOS DE DIABETES?

Os principais tipos de diabetes são:

  • Diabetes Tipo 1;
  • Diabetes Tipo 2; e
  • Diabetes Gestacional.

Existem outros tipos, como o MODY (que é genético), mas são mais raros.

O Diabetes tipo 1 é aquele no qual o corpo produz anticorpos contra a célula que fabrica a insulina (célula beta). Os pacientes são, na sua maioria, crianças e jovens, mas pode ocorrer em adultos também. Nesse caso, chama-se LADA (late-onset diabetes of the adult).

Os diabéticos tipo 1 precisam da insulina para viver e, uma vez insulinizados, nunca devem suspender a insulina.

O Diabetes tipo 2 é uma doença que, embora tenha influência genética, é causada, em grande parte, por estilos de vida equivocados, como responderei abaixo.

No Diabetes tipo 2, há um excesso de insulina e de resistência à sua ação.

O Diabetes gestacional ocorre apenas na gestação. Geralmente, aparece no segundo trimestre e dura até o final da gravidez.

A gestação em si é um estado de resistência insulínica (por causa da placenta e dos hormônios) e o tratamento é dieta associada à atividade física. Às vezes, é necessário o uso de antidiabéticos orais (como a Metformina) ou de insulina.

2. O QUE CAUSA DIABETES TIPO 2?

O diabetes tipo 2 é causado, principalmente, pelo excesso de insulina circulante no corpo, associado a uma resistência à sua ação.

Alguns fatores contribuem para o excesso de insulina:

=> Uma dieta rica em carboidratos refinados e processados (açúcar, pães, massas, biscoitos, bebidas açucaradas, entre outros), que têm alto índice glicêmico (se convertem rapidamente em glicose, elevando a glicemia e causando picos de insulina após as refeições), gerando um excesso crônico de insulina circulante no sangue.

A insulina tem como função GUARDAR algo. Ela guarda a glicose dentro das células e o excesso é convertido em gordura (tecido adiposo).

O tecido adiposo (gorduroso) é regulado principalmente pela insulina, que armazena gordura e impede a sua utilização. Com isso, vamos ao segundo fator:

=> O excesso de gordura visceral (entre os órgãos e no abdome).

As células gordurosas que estão no abdome produzem vários hormônios e substâncias inflamatórias que afetam como o resto do corpo responde à insulina (os músculos, por exemplo), aumentando a resistência à sua ação.

Sendo assim, o pâncreas produz cada vez mais insulina, que não consegue colocar toda a glicose dentro das células musculares (resistentes), aumentando o armazenamento em forma de mais gordura.

“É um círculo vicioso, pois as pessoas continuam consumindo carboidratos de alto índice glicêmico e o processo que leva ao excesso de insulina permanece.”

3. DIABETES TIPO 2 É UMA DOENÇA HEREDITÁRIA OU É UMA DOENÇA NUTRICIONAL CONSTRUÍDA GRADATIVAMENTE A PARTIR DE UM ESTILO DE VIDA?

Existe uma parte de genética sim, tanto que é comum os diabéticos se agruparem nas famílias.

  => Mas 90% ou mais dos casos estão relacionados a uma doença de estilo de vida, que começa dentro do útero.

Se a mãe era diabética ou teve diabetes gestacional e o feto foi exposto a muita glicose e a muita insulina dentro do útero, ele já tem mais chances de ter diabetes na vida adulta (chamamos isso de Epigenética).

Crianças que são gordinhas também têm maior risco.

Tudo começa com a ingestão de carboidratos processados (açúcar, bebidas açucaradas, farinhas refinadas), associada ao sedentarismo.

>>> Aproveite para conferir a entrevista sobre Alimentação Infantil realizada com a pediatra Dra. Teresinha SoutoClique aqui!

Sabemos que atividade física contribui entre 10 a 20% para a perda de peso, mas ela é fundamental para evitar doenças e, com certeza, tem um grande papel na obesidade infantil e dos adolescentes.

“O famoso “tempo de tela” (computador, joguinhos, celular e televisão) presente na rotina das crianças e adolescentes tem grande contribuição para o aparecimento da obesidade e diabetes nas crianças (sim! Diabetes tipo 2 em crianças!), adolescentes e depois na vida adulta.”

O ideal são 2 horas de tela ao dia, no máximo.

Ao longo dos anos de dieta errada, aliada ao sedentarismo e ao estresse emocional (provocando a elevação do cortisol, que também aumenta a resistência à insulina), a insulina vai aumentando silenciosamente, assim como a resistência à sua ação.

>>> Estudos mostram que esse estado de resistência insulínica pode estar presente até 12 anos antes do diagnóstico do diabetes!

O pâncreas, sobrecarregado, produz insulina até seu limite, mas, no processo, parte das células Beta (produtoras de insulina) morrem.

Eventualmente, a resistência à ação da insulina está máxima, o pâncreas já está com 50% da capacidade esperada de produção de insulina, e a glicose sobe, sendo diagnosticado o diabetes.

Perceberam como é tardio o diagnóstico do problema? Esperamos a glicose subir, mas parte do pâncreas já foi embora….

4. DIABETES TIPO 2 É UMA DOENÇA SILENCIOSA E MUITAS PESSOAS NÃO SABEM QUE SOFREM DESSE MAL. QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA DOENÇA?

Ótima pergunta!

Muitas vezes o diabetes é assintomático, ou seja, a pessoa não apresenta nenhum sintoma!

Quando os sintomas aparecem, já é tarde, pois a glicose estará bastante elevada. Mesmo assim, é importante estar atento a eles:

a) Poliúria: urinar demais, acordar mais que o normal à noite para urinar, e urinar muitas vezes durante o dia.

Anedoticamente, já tive pacientes que diagnosticaram o diabetes devido a muitas formigas no banheiro perto do vaso (glicose na urina).

b) Polidipsia: muita sede; a pessoa bebe litros de água, mas a sede não passa.

c) Perda de peso, mesmo comendo muito. O apetite aumenta, mas a pessoa perde muito peso, tanto gordura quanto músculos.

d) Visão turva: esse é o sintoma mais tardio, pois a glicose já deve estar mais alta.

Segundo a American Diabetes Association (ADA), que é o órgão de referência mundial em diabetes, os critérios diagnósticos para a doença são os seguintes:

  • Glicemia em jejum de 8 horas igual ou acima de 126mg/dL;
  • Glicemia 2 horas após ingestão de 75g de dextrosol igual ou acima de 200mg/dL;
  • Hemoglobina glicada (A1c) igual ou acima de 6,5%.

Lembro que existe ainda o pré-diabetes, que nada mais é que a fase inicial da doença, mas vale a pena registrar também.

Acho que um esquema pode ser mais fácil para as pessoas entenderem:

5. QUAL EXAME É MAIS IMPORTANTE PARA DIAGNÓSTICO DO DIABETES TIPO 2: GLICEMIA EM JEJUM OU DOSAGEM DE INSULINA?

Infelizmente, a dosagem de insulina não faz parte das recomendações de diagnóstico de diabetes tipo 2.

Na minha opinião, a dosagem de insulina é extremamente importante.

O ideal seria a curva insulinêmica (teste de Kraft), mas ela demora 5 horas para ser feita, coletando-se sangue da pessoa em vários horários, o que torna o exame um pouco inconveniente.

Muito antes do aparecimento do diabetes, a insulina após as refeições aumenta muito. Só em estágios mais tardios a insulina em jejum se eleva. No entanto, por ser um exame simples, a insulina em jejum deveria ser sempre solicitada.

Estando normal, não afasta a resistência insulínica (a pessoa pode ter a insulina elevada no resto do dia ou após as refeições), mas, estando alta, sugere resistência e pode ser usada para acompanhar resposta à terapia e dieta.

Existe um índice, o HOMA IR, que ajuda a inferir resistência insulínica.

Ele é calculado pela seguinte fórmula:

=> Insulina de jejum em betaU/mL × glicose de jejum em mg/dL) / 405.

O cálculo fornece valores de resistência e secreção como porcentagem da população de referência.

Indico a leitura do livro “Diabetes Epidemics and You”, de Joseph R. Kraft, que explica o estudo realizado por ele que deu origem a esse teste e às suas interpretações:

6. O DIABETES TIPO 2 É UMA DOENÇA PERIGOSA? QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES A ELA ASSOCIADAS?

O Diabetes tipo 2 é uma doença extremamente perigosa, que evolui com o tempo e leva a várias complicações.

Com a terapia medicamentosa e recomendações dietéticas atuais (veja a pergunta 11), a doença leva, inexoravelmente, às suas complicações, que pioram bastante com o tempo de doença.

As complicações mais comuns do Diabetes tipo 2 são:

A) RETINOPATIA DIABÉTICA:

Principal causa de cegueira no diabetes, está presente na maioria dos pacientes já ao diagnóstico.

Mesmo no estágio de pré-diabetes, 7 a 11% dos pacientes já têm retinopatia. Ela é assintomática no início.

Os vasinhos (artérias) no fundo do olho começam a ficar tortuosos e a formar micro-aneurismas (como a laranja do pneu de um carro, que aumenta a chance do pneu estourar).

O ideal é fazer fotocoagulação com laser antes dos aneurismas estourarem, pois, se isso acontecer, a visão ficará turva e é mais difícil tratar.

Todo diabético deve fazer o exame do fundo do olho anualmente, desde o diagnóstico, e se aparecerem lesões na retina, essas serão tratadas a tempo.

B) NEFROPATIA DIABÉTICA:

É a lesão nos rins do diabético.

Ele começa a perder proteína (albumina) na urina e aumenta a pressão na qual o sangue é filtrado nos rins. Isso vai piorando com o tempo até o ponto de a função renal piorar e o paciente chegar à hemodiálise (a segunda causa de pacientes em hemodiálise no mundo é o diabetes).

No início, ela é assintomática e silenciosa, mas pode ser diagnosticada através do exame de microalbuminúria em amostra única de urina (chamamos de ?urina recente?, a segunda urina da manhã).

Todo diabético deve fazer esse exame ao diagnóstico e pelo menos 1 vez por ano.

Existe tratamento e a hemodiálise pode ser evitada se o diabetes for controlado, o paciente perder peso, se for obeso, e as medicações corretas forem iniciadas.

C) NEUROPATIA DIABÉTICA:

É a lesão nos nervos do diabético, tanto nervos sensitivos quanto motores.

=> Nervos sensitivos: o paciente começa a ter câimbras nos pés e pernas, queimação, dores, formigamentos, principalmente à noite.

As dores podem ser bem incômodas mesmo, a ponto de impedir o sono do paciente. Ele pode também ir para o outro extremo e perder a sensibilidade dos pés.

Isso é muito sério, porque o paciente pode se machucar sem perceber, devido à falta de sensibilidade, e o acidente levar à infecção, gangrena e amputação dos membros.

Atualmente, trabalho no Hospital Risoleta Tolentino Neves, justamente com diabéticos com lesão nos pés que sofrem amputações.

Quase sempre as lesões ocorrem por sapatos apertados, micoses não tratadas, “topadas” que o paciente não percebeu, unhas mal cortadas.

No meu site www.janainakoenen.com.br/diabetes eu explico quais são os cuidados com os pés que devem ser adotados.

=> Nervos motores: deformidades nos dedos dos pés e fraqueza em membros. Facilitam calos e lesões com sapatos duros e apertados.

D) NEUROPATIA AUTONÔMICA:

Aqui existem várias manifestações possíveis. Darei alguns exemplos:

1. Gastroparesia diabética: o paciente come, mas a comida demora demais para sair do estômago, gerando náuseas, mal-estar, vômitos e descontrole na glicemia.

Geralmente, o paciente faz hipoglicemia após comer e a glicose sobe apenas várias horas depois, pois a comida demorou a chegar no intestino e ser absorvida.

Trata-se, na maioria das vezes, de uma complicação tardia, mais frequente no diabetes tipo 1. Pode haver também diarreia alternada com constipação nos diabéticos.

2. Alterações cardíacas: hipotensão postural (a pressão cai quando o paciente se levanta), aceleração da frequência cardíaca mesmo em repouso e arritmias.

3. Impotência sexual, muito comum em homens diabéticos com controle ruim ao longo do tempo.

4. Os pés ficam ressecados e surgem fissuras e calos com mais facilidade, pois a pele não retém a umidade, mesmo quando o paciente usa cremes (daí a importância de passar os hidratantes corretos e cuidar dos pés com todo carinho).

E) COMPLICAÇÕES MACROVASCULARES (dos grandes vasos):

O diabetes tipo 2 é conhecidamente fator de risco importante para infarto agudo do miocárdio (ataque cardíaco) e acidente vascular cerebral (derrame), devido ao aumento da inflamação crônica no organismo, que deixa as artérias doentes, causando o aparecimento e evolução da aterosclerose.

F) COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS:

Os pacientes com diabetes têm 2 a 3 vezes mais chance de apresentar depressão e desenvolver alguma demência, incluindo Alzheimer.

“O Mal de Alzheimer foi descrito como Diabetes tipo 3, pois é um estado de resistência insulínica cerebral e está ligado à síndrome metabólica.”

O QUE ESTAMOS FAZENDO DE ERRADO?

7. O DIABETES É UMA DAS DOENÇAS CRÔNICAS QUE MAIS AVANÇA ENTRE A POPULAÇÃO MUNDIAL. ELA PODE SER CONSIDERADA UMA EPIDEMIA?

Com certeza!

O diagnóstico de diabetes aumentou 60% no Brasil nos últimos 10 anos e vai aumentar em 50% até 2045 no mundo, segundo a previsão do IDF – International Diabetes Federation.

O engraçado é que, em vez de questionar as diretrizes alimentares atuais, os governos jogam toda a culpa nas pessoas, como se elas não seguissem as recomendações e, por isso, estivessem engordando e ficando diabéticas.

Então, a discussão atual é “como fazer para que as pessoas sigam as recomendações”.

O manual de nutrição para pacientes diabéticos da SBD – Sociedade Brasileira de Diabetes é de 2009 e recomenda a ingestão diária dos macronutrientes divididos da seguinte forma:

  • 50-60% de carboidratos (simples e complexos);
  • 15-20% de proteínas;
  • 25-30% de gorduras, sendo no máximo 7% de gorduras saturadas.

Visualmente, no prato, as recomendações atuais da SBD podem ser vistas aqui:

Estranho é dizer que isso seja uma dieta balanceada, onde quase 2/3 dos nutrientes seriam compostos por apenas um único macronutriente: o carboidrato.

A SBD, na verdade, esqueceu de traduzir uma parte da recomendação da ADA – American Diabetes Association.

A ADA utilizou o termo “non-starchy vegetables“, que em português significa “legumes com pouco amido”, enquanto que a SBD mencionou “legumes cozidos e crus”.

=> Um pequeno detalhe que faz muita diferença!

Isso pode gerar alguma confusão, pois cenoura, beterraba, batata doce, batata inglesa e abóbora moranga têm muito amido. Então, o ideal seria que isso fosse mencionado nas recomendações da SBD.

No site da ADA foi especificado muito bem (em inglês):

Aliás, a ADA, que é a referência mundial em diabetes, já aceita a estratégia LOW CARB para o tratamento do diabetes. Veja nesse link a publicação da associação (em inglês).

Ou seja, a tendência é reduzir cada vez mais o amido e conscientizar as pessoas de que vários alimentos considerados saudáveis são, na verdade, ricos em amido (um monte de moléculas de glicose juntas) e, por isso, devem ser vistos com cautela.

8. HÁ POUCOS ANOS, OS CASOS DE DIABETES NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA ERAM RAROS. ENTRETANTO, HOJE EM DIA SÃO MAIS COMUNS. O QUE MUDOU?

As mães comem carboidratos refinados durante a gestação, as crianças começam a consumir açúcar e carboidratos refinados e processados antes dos 2 anos de idade, e isso piora durante a infância e adolescência.

É engraçado as pessoas acharem que açúcar mascavo e demerara são saudáveis por serem menos refinados. É TUDO AÇÚCAR! FAZEM MAL!

Portanto, vem a primeira dica >>> façam bolos usando bananas, passas ou tâmaras para adoçar ou, então, o xilitol, um adoçante calórico que, inclusive, protege contra as cáries.

As brincadeiras na rua e os esportes passaram a ser menos frequentes, as crianças ficaram hipnotizadas por desenhos no YouTube e outros desenhos na TV, para que os pais tenham mais tempo para si mesmos (nada contra os desenhos, a questão é o tempo excessivo que as crianças ficam assistindo aos vídeos, desenhos, joguinhos e televisão).

As sociedades de pediatria estão à frente das outras, pois já proibiram açúcar antes dos dois anos de idade, mas os pais confundem os alimentos e oferecem carboidratos processados mesmo assim e produtos que contêm açúcar.

 => Aproveite para conferir a entrevista sobre Alimentação Infantil realizada com a pediatra Dra. Teresinha SoutoClique aqui!

“A indústria é muito criativa! Ela esconde o açúcar em seus produtos. Ele existe de várias formas.”

Em termos legais, para a indústria, açúcar é apenas a sacarose.

No entanto, existem vários outros tipos presentes nos produtos industrializados, tais como: dextrose, maltodextrina, frutose (agave, xarope de milho), mel, maltitol, suco concentrado de maçã.

Todos eles fazem mal para o diabético, mas como não são a SACAROSE, a indústria engana o consumidor escrevendo “DIET” e “ZERO ADIÇÃO DE AÇÚCAR”.

Agora, então vem a segunda dica >>> comece a ler os rótulos!

Vender um floco de milho processado e escrever que é vitaminado para tirar a atenção da presença de açúcar…encontramos muito mais vitaminas nos vegetais e nas frutas in natura. Não precisamos consumir floco de milho processado para isso!

A indústria alimentícia nos fez acreditar que ela é essencial e que não conseguimos ingerir as vitaminas suficientes nos alimentos naturais.

DIABETES TIPO 2 E SUAS RELAÇÕES AMOROSAS

9. QUAL A RELAÇÃO ENTRE:

9.1. RESISTÊNCIA À INSULINA X DIABETES

A resistência à insulina (explicada anteriormente) obriga o pâncreas a produzir cada vez mais esse hormônio que, em concentrações altas no sangue, gera mais resistência, a ponto de a glicose não conseguir mais ser colocada para dentro da célula, o que aumenta o seu armazenamento em forma de gordura.

9.2. SÍNDROME METABÓLICA X DIABETES

A síndrome metabólica é um conjunto de doenças com a mesma raiz, ou seja, a resistência insulínica, fato muitas vezes negligenciado pelos médicos e nutricionistas.

Ela é composta por obesidade central, diabetes, hipertensão arterial, HDL (colesterol bom) baixo e triglicérides altos.

Juntamente com essas principais doenças vem a gota, as demências, o câncer, que são todas mais comuns na síndrome metabólica.

Quando, através da alimentação, conseguimos reduzir a insulina, a hipertensão melhora também. A insulina é um dos principais hormônios que retém sódio nos rins, retendo também líquido e aumentando a pressão arterial.

9.3. OBESIDADE ADBOMINAL (excesso de gordura visceral) X DIABETES

Os adipócitos (células gordurosas) produzem citocinas (substâncias inflamatórias) e hormônios que impedem a ação da insulina, forçando o pâncreas a produzir cada vez mais essa substância.

Em estados avançados, os adipócitos também liberam, na circulação, ácidos graxos (um tipo de gordura) que invadem o pâncreas (impedindo produção adequada de insulina) e o fígado (que começa a produzir glicose mesmo após as refeições).

A glicose (vinda dos alimentos e do fígado) aumenta no sangue e chega uma hora em que, mesmo produzindo mais insulina que o normal, o pâncreas não consegue produzir o suficiente, surgindo o diabetes.

Percebam que a ?doença? diabetes não deveria ser apenas a elevação da glicose no sangue. A doença começa muito tempo antes e ninguém está dando a devida atenção a isso.

9.4. DOENÇAS CARDIOVASCULATES X DIABETES

A glicose alta, assim como a queda no colesterol bom e a elevação dos triglicérides, que geralmente acompanham a doença (por causa da síndrome metabólica), causam lesões nos vasos sanguíneos, levando à aterosclerose (placas de colesterol nos vasos).

A glicose alta e as substâncias inflamatórias produzidas pelo tecido adiposo visceral (do abdome) causam um estado contínuo de inflamação no corpo todo, que acelera a aterosclerose e faz as placas se romperem, causando infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral.

DIABETES TIPO 2 TEM CURA?

10. QUANDO HÁ DIAGNÓSTICO DA DOENÇA, GRANDE PARTE DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE DÁ ATRISTE NOTÍCIA A SEUS PACIENTES DE QUE O DIABETES TIPO 2 NÃO TEM CURA E QUE ELES ESTÃO CONDENADOS A TOMAR REMÉDIOS PARA O RESTO DA VIDA. ESSA AFIRMAÇÃO É VERDADEIRA? HÁ COMO CONTROLAR, REVERTER OU CURAR O DIABETES?

Essa pergunta é complexa, mas tem uma resposta simples.

Por exemplo, um dos tratamentos propostos para o Diabetes é a cirurgia bariátrica.

Quando você se submete ao procedimento, existe grande chance de você ficar sem nenhuma medicação para o diabetes e de ter os exames normalizados.

Isso é cura? NÃO!

Chama-se REMISSÃO (como no câncer).

Se você voltar a engordar, a glicose sobe novamente. Mas, se você se cuidar e mantiver a dieta, provavelmente a glicose não subirá mais.

E, assim, você ficará livre das complicações que iriam surgir um dia (retinopatia, nefropatia, etc.).

O que não pode mais ser dito para os pacientes é que o diabetes é uma doença inexorável e que não há o que fazer, pois ela vai só piorar.

ISSO SIMPLESMENTE NÃO É VERDADE.

Bom, talvez, se adotarmos a terapia convencional, seja assim mesmo. Leia a resposta da pergunta 11.

11. TRATAMENTO CONVENCIONAL PRESCRITO PARA O DIABETES TIPO 2: DIETA HIPOCALÓRICA, EXERCÍCIOS FÍSICOS E MEDICAMENTOS. ISSO REALMENTE FUNCIONA?

Os estudos sobre controle do diabetes mostram que a maioria avassaladora dos diabéticos está com um péssimo controle, mesmo seguindo as recomendações atuais.

“As medicações disponíveis no SUS, como a glibenclamida, causam ganho de peso e aumentam ainda mais a insulina circulante no sangue.”

Uma exceção é a metformina, que é uma excelente medicação e ajuda na melhora da resistência hepática à insulina.

Parece um contrassenso usar insulina ou uma medicação que aja exclusivamente aumentando a insulina para o tratamento do diabetes tipo 2, que é uma doença DE EXCESSO DE INSULINA E RESISTÊNCIA À SUA AÇÃO, exceto após 20-30 anos de doença, se o paciente não tiver mais células Beta funcionando. Nesse caso, a insulina é realmente necessária.

Existem drogas melhores e mais modernas, mas que também não conseguem evitar a piora da doença a longo prazo.

Exercícios são muito importantes para o controle do diabetes, principalmente quando praticados de forma regular, mas contribuem pouco para o efetivo controle da doença.

Sobrou a dieta.

Uma dieta hipocalórica que aumenta a fome é difícil de ser seguida, especialmente se não vemos resultados importantes na glicemia.

“A recomendação atual, de fornecer 50-60% das calorias diárias em forma de carboidrato, sobrecarrega o pâncreas a longo prazo, acelerando a necessidade de insulina.”

Além disso, causa ganho de peso, principalmente quando associada ao uso da insulina.

Por exemplo, imagine que você tem alergia à camarão. Eu mando você comer camarão todos os dias e mando você tomar corticoide e antialérgicos para minimizar a sua alergia, que nunca melhora.

É assim que tratam os diabéticos, intolerantes à glicose: prescrevendo carboidratos (que viram glicose) e mandando você usar insulina.

Quantas pessoas você conhece que, após o uso da insulina, emagreceram?

Quando os diabéticos começam a usar insulina, a grande maioria engorda. A obesidade piora a resistência insulínica e você acaba precisando de uma dose cada vez maior.
É um círculo vicioso!

Sugestão: pare de comer camarão! (Faça dieta Low Carb!)

12. HÁ COMO TRATAR O DIABETES TIPO 2 SEM USO DE MEDICAMENTOS, ADOTANDO APENAS UMA ESTRATÉGIA NUTRICIONAL?

Se a pessoa tiver reserva de insulina, a dieta pode sim ser o único tratamento.

A única forma de saber é tentando e acompanhando as glicemias, enquanto reduzimos a medicação.

Veja nas respostas do tópico abaixo como isso pode ser feito.

MITOS E VERDADES SOBRE DIABETES TIPO 2

13. AÇÚCAR OU GORDURA: QUAL O GRANDE VILÃO DO DIABETES TIPO 2?

Açúcar!

“A ingestão de açúcar está associada ao aumento da inflamação crônica, à elevação da insulina e à piora da resistência insulínica.”

A sacarose (açúcar de mesa) é um dissacarídeo, formada por 1 molécula de glicose e 1 de frutose.

A glicose estimula a secreção de insulina e a frutose é metabolizada pelo fígado, aumentando a produção de triglicérides e causando inflamação hepática (fígado gorduroso).

Essa frutose é o açúcar dos refrigerantes e bebidas açucaradas, tais como sucos de caixinha.

O excesso de açúcar pode levar uma pessoa a ficar diabética com o tempo.

Claro que a genética influencia, mas todos devem ficar atentos.

A frutose da fruta em si não tem tanto problema, pois a fruta vem com as fibras e tem pouca frutose por unidade.

Já um suco de laranja, por exemplo, tem 3 laranjas, sem nenhuma fibra, restando apenas o açúcar!

Existem estudos inclusive com ovos e queijos, ricos em gordura, que previnem diabetes! Veja abaixo.

14. É MITO OU VERDADE QUE A GORDURA SATURADA AUMENTA A RESISTÊNCIA À AÇÃO DA INSULINA, APRESENTANDO UM FATOR DE RISCO PARA O DIABETES TIPO 2?

Em camundongos, isso é verdade.

Os estudos mostram que, quando damos gordura saturada para camundongos, eles desenvolvem resistência à insulina.

Em humanos, simplesmente não é assim que acontece.

Provavelmente porque os camundongos não evoluíram comendo gordura saturada, eles não são adaptados a isso.

É como se você mandasse um coelho comer carne e um leão comer alface.

Simplesmente não funciona dessa forma.

Nós evoluímos comendo carne gorda, éramos caçadores coletores. Estamos adaptados a essa dieta.

Além disso, já temos ensaios clínicos randomizados em humanos mostrando que uma Dieta Cetogênica (rica em gordura, inclusive saturada), REVERTE PRÉ-DIABETES e melhora o controle do diabetes tipo 2.

“Estudos em animais não se comparam a estudos em humanos, que têm um nível de evidência muito maior.”

=> Se você tem alguma dúvida de que a gordura faz mal à saúde, acesse a entrevista esclarecedora realizada com o Dr. José Neto, uma das maiores referências em Low Carb do Brasil. Clique aqui >>>> Gordura faz mal à saúde e o carboidrato faz bem? Ou é o contrário?

15. DIETA RICA EM PROTEÍNA ANIMAL: VILÃ OU ALIADA NA PREVENÇÃO DO DIABETES TIPO 2?

Depende do que mais você tem na dieta.

O que deve ser compreendido é que a proteína em si não faz mal.

Ela é aliada dentro do contexto de uma dieta de baixo carboidrato (não adianta comer mais carne se você continua comendo arroz com batata frita).

A proteína tem a vantagem de aumentar a saciedade e ajudar a preservar os músculos, dentro do contexto de exercício físico direcionado para ganho de massa magra.

Isso é muito importante no controle do diabetes e no emagrecimento.

Estudos já mostraram que ficar 1 hora na esteira todos os dias não emagrece ninguém.

Foque seu tempo na academia (3 a 4x/semana) e lembre-se de que a dieta perfaz 90% do processo de emagrecimento e de controle do diabetes.

16. O JEJUM INTERMITENTE É UMA BOA ESTRATÉGIA NO TRATAMENTO DO DIABETES TIPO 2? ISSO NÃO SERIA UM CONTRASSENSO, JÁ QUE O TRATAMENTO CONVENCIONAL RECOMENDA EVITAR LONGOS PERÍODOS EM JEJUM COMO FORMA DE PREVENÇÃO DA DOENÇA?

O diabetes é uma doença de EXCESSO DE GLICOSE, EXCESSO DE INSULINA E RESISTÊNCIA À INSULINA.

“Quando comemos, a insulina sinaliza que armazenemos gordura. Quando jejuamos, a insulina cai e o corpo consegue queimar gordura.”

Nós evoluímos jejuando grandes períodos (ou vocês acham que o homem comia cereais matinais antes de sair para caçar?).

A partir dos anos 60 que a moda passou a ser comer de 3/3 horas para conseguirmos ingerir os 55% de carboidratos determinados pelas sociedades de nutrição e cardiologia americanas.

Claro que a indústria alimentícia nadou de braçada e a obesidade e o diabetes explodiram a partir de então.

Quantas vezes o médico ou nutricionista disse: “você tem que comer de 3/3 horas, pois seu cérebro precisa de glicose?”.

Pessoal, se nós fôssemos uma espécie que precisasse disso, jamais estaríamos aqui.

“Não existe intervenção mais eficaz para reduzir a insulina do que jejuar.”

Povos inteiros jejuam há mais de mil anos por inúmeras razões. Não é nada de novo.

Paramos de obedecer aos sinais do nosso corpo por pressão da indústria e das diretrizes nutricionais influenciadas por lobistas, que nos fazem comer mesmo sem fome.

Jejuar nos faz utilizar a nossa reserva de glicose e de gordura.

Existem estudos de jejum que mostram melhora nos parâmetros metabólicos e perda de peso, sem riscos importantes à saúde.

 => Aproveite para conferir a série completa sobre Jejum Intermitente trazida com exclusividade pelo Dr. Marcelo Denaro, uma das maiores referências sobre o tema. Clique aqui >>>> Jejum Intermitente: uma prática milenar que nunca saiu de moda!

A dieta hipocalórica pode reduzir o metabolismo a longo prazo, causando o reganho do peso perdido, tal como o que ocorreu com os participantes do “The Biggest Loser” (veja abaixo em inglês).

O jejum, no entanto, não reduz o metabolismo.

17. É MITO OU VERDADE QUE REMÉDIOS PARA BAIXAR A GLICEMIA IMPEDEM A EVOLUÇÃO DO DIABETES TIPO 2 E PODEM, INCLUSIVE, MASCARAR OS SINTOMAS DA DOENÇA?

É verdade.

Existem medicações melhores, que ajudam sim na perda de peso e no controle da glicemia, mas, apesar de todas elas, o diabetes continua a avançar no mundo.

 “Será que precisamos de mais drogas ou de uma dieta melhor?”

18. A ESTRATÉGIA ALIMENTAR LOW CARB, HEALTHY FAT PODERIA SER CONSIDERADA A DIETA IDEAL PARA O TRATAMENTO DO DIABETES TIPO 2? EXISTEM ESTUDOS CIENTÍFICOS DE QUALIDADE QUE COMPROVAM TAL AFIRMAÇÃO?

Com certeza!

Existem ensaios clínicos randomizados, que são o maior nível de evidência, mostrando melhora do diabetes tipo 2, inclusive com suspensão da maioria das medicações (às vezes todas) após iniciada a dieta, especialmente se for Dieta Cetogênica (menos de 25g de carboidratos líquidos ao dia).

Os pacientes que usam insulina conseguem reduzir em 80% a dose ou até mesmo suspender seu uso (depende da reserva pancreática, como expliquei acima).

=> Pense: faz sentido comer uma montanha de carboidratos, depois aplicar insulina para tentar melhorar a glicemia? Claro que não!

Digo “tentar melhorar a glicemia”, pois a absorção da insulina é errática e varia demais de um dia para o outro.

Um outro ponto é que se você tenta contar carboidratos, não pode confiar no que está escrito nos rótulos dos produtos.

Sabe por quê?

Porque a Anvisa permite uma variação de 20% PARA MAIS ou 20% para menos dos macronutrientes (aí se incluem os carboidratos) descritos no rótulo.

Para aqueles que conseguem um bom controle com pouca variabilidade glicêmica, meus parabéns! Vocês são uma minoria de sorte.

Para o resto, acredito ser ANTI-ÉTICO não oferecer a Low Carb como estratégia nutricional.

BREVE HISTÓRICO:

A Dra. Janaína Koenen é médica formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

É especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e mestre em Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual pela UFMG.

É membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), da Sociedade Brasileira de Diabetes e da Endocrine Society.

CONTATOS:

INSTAGRAM: @janainaendocrino
FACEBOOK: @endocrinokoenen
SITE: www.janainakoenen.com.br

 >>> RECOMENDAÇÃO DE LEITURA DA DRA. JANAÍNA KOENEN

* Os conteúdos veiculados na entrevista não expressam necessariamente a opinião da Vivo Leve e são de total responsabilidade dos entrevistados.

** O conteúdo deste site é fornecido apenas para fins de educação e informação e não substitui a consulta a um médico, nutricionista ou outro profissional da área para aconselhamento, diagnóstico e tratamento. As informações aqui apresentadas não devem ser utilizadas em substituição ao aconselhamento profissional e nem como base para autodiagnóstico.

Published by
Janaína Marra

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